Príncipe do intocável...
... Porque aquilo que não alcanço, os meus sonhos, os meus pensamentos, é sobre o que me vejo escrever...
24 de janeiro de 2013
Olá. É só para avisar que ainda estou vivo e que ainda coloco (e virei a colocar) próximas publicações.
Para já, dedico um enorme "WUF" (aka, "I love you" in dog), aquela pessoa especial que insiste em seguir mais publicações neste meu espaço. Elas surgirão em breve :)
WUF WUF WUF (I love you I love you I love you)
^^
25 de abril de 2011
Os últimos dias...
Estar de férias é bom, mas não tão bom como outros últimos dias, últimos dias mais primeiros, mais tardios nesta minha história.
O mais secundário deles foi o dia do meu aniversário pois, graças ao que me conferenciaram dias antes, saberia que dessa data a uma semana algo bom estaria para suceder. A sete dias de distância do dia que consta ser a minha data de nascimento, veio a minha oportunidade de chegar a casa das aulas, arrumar o quarto, limpar o quarto, carregar a bateria do telemóvel, tomar banho, preparar sandes, sumo compal light manga maracujá, fruta e duas garrafas de água, vestir umas calças azuis escuras que viriam a combinar com a t-shirt da mesma cor, a qual se sobreporia aquela camisola, ver o que estava a ser esquecido, contar o tempo, andar de um lado para o outro do quarto, pegar nas chaves do carro, entrar nele, e concentrar-me na condução até ao aeroporto.
Chegado ao aeroporto, houve a ínfima surpresa da espera habitual de mais de uma hora se ter reduzido para algo idêntico a uns 20 minutos. A maior surpresa era já alguém esperado a ver passar na porta de chegada ao aeroporto, numa alegria que se começou a construir pela própria espera, pela certa ansiedade e nervosismo que esta fez sentir, pela concentração de tentar encontrar esta tão amada pessoa de mim por entre os bandos de gente que se mostrava na porta de saída minuto sim, minuto não, pela esperança de que ela reparasse que a camisola vestida em mim para além de sua teria sido oferecida por ela, pela vontade de ouvir o que já tinha ouvido o que ouvi numa chegada em tempos mais natalícios, pelo desejo de sentir o que ouvi no nosso último encontro naquele aeroporto.
Ela chegou. O aeroporto podia cair, de certeza que eu não reparava. Em mim, só havia eu mesmo e o que a adorada que meus olhos viam. Por momentos, breves ou não, que nem sei que quantidade de tempo se passou nesses instantes. Ali, tudo esteve bem, desde a mau dada ao beijo desejosamente oferecido, e assim se continuou pelos próximos sete dias.
Estes sete dias foram também os sete dias da queima de Vila Real. Neles houve de tudo o necessário para estas ocasiões festivas. Álcool de várias formas, jantares, excessos, dança (embora este não deve ser relacionado comigo), risadas, alegria, água (lembrando o rio Corgo na tarde do Cortejo), Quim Barreiros, dj's xungas.
Nada disto teria sido minimamente bom, mas foi fantástico graças aquela presença ao meu lado, graças a ti, minha namorada.
Talvez por isto, pela companhia que tinha eu me alienava um pouco dos problemas dos outros e dos meus, e até queria fazer mais, andar mais, pensar menos e estar mais presente e consciente para ela. Acho que posso dizer que, embora de férias, tenho saudades destes dias, pelo que de bom eles me fizeram sentir, que não tem nada, mesmo nada, a ver com ontem, anteontem, ou esta semana toda.
Os últimos dias cansaram-me e cansam-me. Cansa-me ter de ouvir o que preciso fazer como se julgassem que não percebo o que dizem, cansa-me ouvir opiniões políticas que me dão vontade de me revoltar, em contraste com outras, logo seguintes, que me deixam sem querer saber de ver um país a arder. Cansa-me ter de ser culpado do que acontece, cansa-me dizerem-me que só faço as coisas mal, que não trabalho nem penso em trabalhar, que só penso em passear e fazer prejuízos, o que por vezes me leva a pensar que sou tomado por drogado ou meio-psicopata.
Custa, mas já cansa estar de férias e ouvir dizer que passo a vida nisso.
Por isso, sim, a próxima semana vai ser diferente. Vou estudar mais (tem de ser, que esta semana não me deu para fazer isso convenientemente), não ligar para a televisão a não ser em horas de jogo de futebol, pois, convenha-se, o desporto e arte são as únicas coisas realmente boas a saírem da famosa caixa mágica, não vale tanto assim estar informado sobre este país de cravos murchos, secos, pobres de tudo o que é valor.
Vale mais fazer uso das pernas e correr, usar os braços e puxar, matar a cabeça e ter ideias, para seguir o meu próprio caminho em direcção a uma felicidade e bem-estar mais pertos (ou, ainda se possível, mais além) daquela semana toda, daqueles dias, daquela noite do aeroporto...
Tenho saudade dos últimos dias... Destes, não de todos, só dos primeiros...
26 de fevereiro de 2011
Um dia não chega... Vais ser tu...
"Pretendo mostrar-te que te respeito muito, quero respeitar-te, de dia para dia, cada vez mais. Quero cumprir todos os teus desejos que possa cumprir, e fazer parte dos teus desejos, e sinceramente, um dia não chega para nada.Não vai ser um dia que me vai fazer lembrar de te oferecer um ramo de flores, ou de ter a tola ideia de te levar a passear, ou de te convidar timidamente para jantar fora, ou de te dizer, com tudo o que a minha alma tem e é, que és a pessoa mais linda que virei a conhecer até o fim dos meus dias, em tudo o que é aspecto visível e de sentimento. Vais ser tu."
O princípe dos anjos
9 de outubro de 2010
Tu, minha felicidade para a vida... (1ª parte)
11 de setembro de 2010
If You’re in a relationship, married or none, read this. You’ll know why at the end. [retirado de outro espaço social]
When I got home that night as my wife served dinner, I held her hand and said, I’ve got something to tell you. She sat down and ate quietly. Again I observed the hurt in her eyes.
Suddenly I didn’t know how to open my mouth. But I had to let her know what I was thinking. I want a divorce. I raised the topic calmly.
She didn’t seem to be annoyed by my words, instead she asked me softly, why?
I avoided her question. This made her angry. She threw away the chopsticks and shouted at me, you are not a man! That night, we didn’t talk to each other. She was weeping. I knew she wanted to find out what had happened to our marriage. But I could hardly give her a satisfactory answer; she had lost my heart to Jane. I didn’t love her anymore. I just pitied her!
With a deep sense of guilt, I drafted a divorce agreement which stated that she could own our house, our car, and 30% stake of my company.
She glanced at it and then tore it into pieces. The woman who had spent ten years of her life with me had become a stranger. I felt sorry for her wasted time, resources and energy but I could not take back what I had said for I loved Jane so dearly. Finally she cried loudly in front of me, which was what I had expected to see. To me her cry was actually a kind of release. The idea of divorce which had obsessed me for several weeks seemed to be firmer and clearer now.
The next day, I came back home very late and found her writing something at the table. I didn’t have supper but went straight to sleep and fell asleep very fast because I was tired after an eventful day with Jane.
When I woke up, she was still there at the table writing. I just did not care so I turned over and was asleep again.
In the morning she presented her divorce conditions: she didn’t want anything from me, but needed a month’s notice before the divorce. She requested that in that one month we both struggle to live as normal a life as possible. Her reasons were simple: our son had his exams in a month’s time and she didn’t want to disrupt him with our broken marriage.
This was agreeable to me. But she had something more, she asked me to recall how I had carried her into out bridal room on our wedding day.
She requested that every day for the month’s duration I carry her out of our bedroom to the front door ever morning. I thought she was going crazy. Just to make our last days together bearable I accepted her odd request.
I told Jane about my wife’s divorce conditions. . She laughed loudly and thought it was absurd. No matter what tricks she applies, she has to face the divorce, she said scornfully.
My wife and I hadn’t had any body contact since my divorce intention was explicitly expressed. So when I carried her out on the first day, we both appeared clumsy. Our son clapped behind us, daddy is holding mommy in his arms. His words brought me a sense of pain. From the bedroom to the sitting room, then to the door, I walked over ten meters with her in my arms. She closed her eyes and said softly; don’t tell our son about the divorce. I nodded, feeling somewhat upset. I put her down outside the door. She went to wait for the bus to work. I drove alone to the office.
On the second day, both of us acted much more easily. She leaned on my chest. I could smell the fragrance of her blouse. I realized that I hadn’t looked at this woman carefully for a long time. I realized she was not young any more. There were fine wrinkles on her face, her hair was graying! Our marriage had taken its toll on her. For a minute I wondered what I had done to her.
On the fourth day, when I lifted her up, I felt a sense of intimacy returning. This was the woman who had given ten years of her life to me.
On the fifth and sixth day, I realized that our sense of intimacy was growing again. I didn’t tell Jane about this. It became easier to carry her as the month slipped by. Perhaps the everyday workout made me stronger.
She was choosing what to wear one morning. She tried on quite a few dresses but could not find a suitable one. Then she sighed, all my dresses have grown bigger. I suddenly realized that she had grown so thin, that was the reason why I could carry her more easily.
Suddenly it hit me… she had buried so much pain and bitterness in her heart. Subconsciously I reached out and touched her head.
Our son came in at the moment and said, Dad, it’s time to carry mom out. To him, seeing his father carrying his mother out had become an essential part of his life. My wife gestured to our son to come closer and hugged him tightly. I turned my face away because I was afraid I might change my mind at this last minute. I then held her in my arms, walking from the bedroom, through the sitting room, to the hallway. Her hand surrounded my neck softly and naturally. I held her body tightly; it was just like our wedding day.
But her much lighter weight made me sad. On the last day, when I held her in my arms I could hardly move a step. Our son had gone to school. I held her tightly and said, I hadn’t noticed that our life lacked intimacy.
I drove to office…. jumped out of the car swiftly without locking the door. I was afraid any delay would make me change my mind…I walked upstairs. Jane opened the door and I said to her, Sorry, Jane, I do not want the divorce anymore.
She looked at me, astonished, and then touched my forehead. Do you have a fever? She said. I moved her hand off my head. Sorry, Jane, I said, I won’t divorce. My marriage life was boring probably because she and I didn’t value the details of our lives, not because we didn’t love each other anymore. Now I realize that since I carried her into my home on our wedding day I am supposed to hold her until death do us apart.
Jane seemed to suddenly wake up. She gave me a loud slap and then slammed the door and burst into tears. I walked downstairs and drove away.
At the floral shop on the way, I ordered a bouquet of flowers for my wife. The salesgirl asked me what to write on the card. I smiled and wrote, I’ll carry you out every morning until death do us apart.
That evening I arrived home, flowers in my hands, a smile on my face, I run up stairs, only to find my wife in the bed - dead. My wife had been fighting CANCER for months and I was so busy with Jane to even notice. She knew that she would die soon and she wanted to save me from the whatever negative reaction from our son, in case we push thru with the divorce.— At least, in the eyes of our son—- I’m a loving husband….
The small details of your lives are what really matter in a relationship. It is not the mansion, the car, property, the money in the bank. These create an environment conducive for happiness but cannot give happiness in themselves. So find time to be your spouse’s friend and do those little things for each other that build intimacy. Do have a real happy marriage!
If you don’t share this, nothing will happen to you.
If you do, you just might save a marriage. Many of life’s failures are people who did not realize how close they were to success when they gave up.
must read
3 de agosto de 2009
Sonhos adultos angustiosos
Como já foi bom sonhar, querer ser um honrado e temível herói, salvar todos e acabar tudo feliz para sempre, de preferência, com a tal princesa encantada ao lado. Já houve tempos em que, na subconsciência se escreveram autênticos romances, novelas, tragédias e até (quem sabe?) uma ou duas epopeias na qual nos cabe o papel da personagem principal, aquela que vê toda a trama e de quem depende todo o enredo da história, que cativa a atenção de todos e que, apesar dos conflitos e de algum sofrimento que encontra pelo meio, consegue alcançar um desfecho satisfatório para si e satisfatoriamente bom e pacífico para todas as outras personagens intervenientes.
Mas isso faz parte de outras alturas, de outros dias, de outras noites, dos sonhos ensonados de uma criança feliz, que só chora quando se magoa muito, quando se corta e sangra, quando cai de cabeça no chão, porque arranhar um pouco os joelhos já é algo próprio de criança e não merece desta cerimónias nem choros.
Hoje, os dias são outros, mais cansativos, as noites diferentes, mais curtas, os sonhos são bem mais fortes, mais vivos, tão bem mais fáceis de virem a ser realidade e, ainda assim, tão mais desejados para que sejam reais o mais cedo possível. A criança é outra, já não é tão criança. É à mesma feliz, mas dentro dela cresce uma certa infelicidade, uma angústia que quando sai, por mais inocente e alegre que a vida possa parecer, leva tudo e, por momentos, nada fica igual… tudo o que se vê, tudo o que se vive parece que devia ter sido visto e vivido de forma mais perspicaz, mais “desentimental”, mais cruel, ponderando mais a causalidade de cada acto e não o bem-estar da pessoa que os concretiza.
Por vezes, adormecemos com esta angústia a soltar-se do vazio que se cria do nosso mais profundo interior, a sair frio, a escorregar gélido pelo nosso rosto… Nessas ocasiões, os sonhos alteram-se.
Quase que se sonha acordado. Não se sonha em ser feliz e fazer os outros felizes ou sequer em ver os outros felizes. Sonha-se em ser o melhor, o maior, o mais notável e poderoso, não importando métodos ou razões para que tal aconteça. Não vem à cabeça sonhos encantadores como o de ser pai ou mãe, ter filhos, envelhecer ao lado de quem mais amamos.
Nos dias de hoje, nestes dias em que a responsabilidade que já nos pesa nos consegue angustiar, o subconsciente povoa-se com a ideia de ser rico, de ter tudo, de ser famoso, de ser alguém importante, de mandar e não ser mandado, de dar ordens e de nunca as receber, de ser perfeito… Porque apenas sendo perfeito, tendo tudo e sendo tudo em absoluto é que se deixaria de pressentir a inquietação que se vai criando e crescendo quotidianamente neste mundo de dinheiro, materialismo, ira e actos maquilhados de bem com intenções não tão boas (sem falar de guerra, fome e afins).
A solidão, incutida nesta fervorosa e gananciosa ambição, não suaviza quase em nada esta forma completamente crua de felicidade. A verdade é que, sendo e tendo tudo o que queremos, ou apenas fazendo este cruel esforço de ser e ter tudo, quase não vêm à memória os pais, aqueles dois indivíduos, um homem e uma mulher que nos viram crescer, que nos fizeram crescer, que nos educaram da forma mais correcta possível e que nos deram as directrizes mais honestas e adequadas para se ser alguém na vida. Aliás, a sonhar assim todos os dias, “ser alguém” afasta-se daquilo que as nossas raízes paternas nos levariam a ser.
A ter esta angústia todos os dias ao ir dormir e sonhar, não se quer ser ou parecer ser. Quer-se ter, possuir para uso livre, obter, usar e deitar fora, quer-se ter amigos, que a bem ver serão somente “conhecidos” a quem se pede um favor, ou melhor, se cobra a concretização de uma determinada tarefa perante a troca dessa por algo material ou nada. Amam-se monopólios, impérios, riquezas, conhecimentos e valores da Bolsa. Não se ama um sorriso, um momento ou outra pessoa que não o próprio indivíduo.
Faz-se tudo, mas sempre que possível nada de nada, para conquistar o mundo e os seus objectos, mas não um sorriso, um coração, um gesto de agradecimento sincero ou um momento em que alguém (ou aquela certa pessoa) nos dê um pouco da sua atenção.
É-se alguém, tem-se um nome e quase tudo o que se pode tocar, mas não se é ninguém, não há nada que nos identifique e não se consegue ter o que se criou para ser sentido, que é o mais fácil e delicioso de se ter.
Por isso, queria ser sempre criança, de joelhos sempre esfolados de estar sempre a cair, para que nunca me caísse a angústia nos sonhos à hora de dormir… Verdadeiramente, tenho pena que isso não possa acontecer… Gostava de ficar com os castelos de areia e as histórias que se foram construindo em mim…